Aqui no sudeste vamos nos deparar com vertentes diferentes de influência.

Em São Paulo podemos encontrar boas fontes de referência do Art Nouveau, estilo artístico que se desenvolveu entre 1890 e 1914 , na Europa, se espalhando pelo mundo. Aqui há uma valorização das fornas curvilíneas e orgânicas, do contorno rendado, da transparência, arabescos e tons frios.. que trazem lembranças e saudades. Apesar da predominância do concreto, a capital São Paulo exibe em sua arquitetura bons exemplos dessa arte, tornando a paisagem mais suave aos nossos olhos. Apesar de toda a modernidade e tecnologia que está intrínseca na cultura paulistana, há também espaço para o suave, para o lúdico, para o nostálgico. É como um bálsamo no meio do caos urbano. Com esse sentimento é que este estilo ressurge… e se renova no vestuário e calçado.

Em Minas nos deparamos com o  barroco, que aliás, é o estado que mais possui elementos desse estilo . O barroco nasceu em decorrência da crise do Renascimento, ocasionada, principalmente, pelas fortes divergências religiosas e imposições do catolicismo. É um estilo que evidencia o dual: homem e Deus, pecado e perdão, terreno e celestial. Um arte rebuscada, exagerada, opulente, excêntrica. Há que só consiga associar o barroco a igrejas, mas esse conceito vai além do religioso a medida que evidencia o aspecto do ‘exagero’ do luxo. O que traduzido em moda quer dizer o uso de ouro, de muito brilho, volumes, solados sinuosos, saltos com alguma parte em metal, pedrarias, muitos ornamentos…. Este estilo já foi reconduzido ao mundo da moda no inverno passado, mas ainda continua para o verão como referência de luxo e ostentação.